terça-feira, 10 de abril de 2012

Vereador deve fazer o que quiser ou defender os interesses dos monlevadenses?


Em que país nós estamos? Quando eu ouço ou leio sobre as “pérolas” do presidente da Câmara de Vereadores de João Monlevade eu fico em dúvida sobre “que país é este”. Afinal, falamos tanto em liberdade, democracia, igualdade, respeito e ética
Depois da infelicidade da ação de retirar o crucifixo do plenário da Casa Legislativa, da infelicidade de reajustar os salários dos vereadores, da infelicidade de mandar construir mais um prédio para proporcionar mais conforto para os vereadores, da infelicidade de mandar implantar um painel eletrônico para que os vereadores não tenham que fazer o esforço de levantar da cadeira para ir até a tribuna (ou urna) votar em algum projeto, o presidente Pastor Carlinhos (PV) diz agora que vai barrar os projetos do prefeito Gustavo Prandini.
Mas será que o Pastor Carlinhos tem esse direito? Será que a população de João Monlevade elegeu vereador para fazer esse papel? Não seria mais um ato arbitrário e que cheira à ditadura?
No jornal Bom Dia desta terça-feira uma matéria sobre a questão começa assim: “O presidente da Câmara Municipal, vereador Pastor Carlinhos (PV), anunciou na última semana que todos os projetos de autoria do prefeito Gustavo Prandini (PV) estão, temporariamente, impedidos de tramitar no Legislativo. A retaliação é conseqüência de críticas da Ouvidora Municipal, Jacqueline Silvério, aliada à ausência de solução do Executivo sobre o telefone no ponto de táxi da rua Ricardo Leite, no centro da cidade”. Ou seja, o presidente da Câmara faz valer o cargo (que assumiu com apoio do prefeito Gustavo Prandini) para promover uma retaliação contra o próprio prefeito em razão de questões pessoais.
No Facebook a assessora do prefeito, usando dos seus dignos direitos de cidadã, fez um comentário sobre um dos atos do presidente da Câmara, onde escreveu que o vereador deveria devolver aos cofres da Prefeitura o dinheiro que estava sobrando. O que seria mais correto.
Agora Pastor Carlinhos diz que vai barrar na Câmara os projetos da Administração Municipal.
E onde fica a democracia? E onde fica a liberdade de expressão? E onde ficam o direito, o dever e o respeito? Em que país nós estamos onde o vereador pode fazer o que quer e deixar de lado o dever do legislador?
Palavras do Pastor Carlinhos: “Estou gastando o que é direito de eu gastar e vamos modernizar”.
Mas o dinheiro sai dos cofres públicos, do bolso dos contribuintes monlevadenses que deveriam ser ouvidos sobre a gastança e mais conforto para os vereadores. É mais um caso que merece a intervenção da Promotoria Pública porque quem fica no prejuízo é o cidadão monlevadense.

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