O que mais Deus quer de nós?

Há mais ou menos uns 500 anos foi descoberta, encravada na pedra de uma construção Inca, uma mensagem que relata sobre uma mudança profunda nas relações das pessoas no ano de 2012.

Não se trata exatamente do fim do mundo, mas do início de um novo tempo. E estamos precisando mesmo de uma mudança, para melhor, é claro.

Explico!

Temos, em todo o mundo, milhões de pessoas encarceradas, tratadas como animais e não vejo ONG, igreja ou partido político defendendo um tratamento mais humano para esses infelizes. Os presídios da nossa região, por exemplo, estão lotados e não há ação de socialização.

Temos milhões de pessoas morrendo em razão da fome, da sede e da miséria, da falta de uma casa, da falta de educação, falta de conhecimento. Temos milhões de vítimas de doenças que já poderiam estar extintas. Não vou acrescentar as pessoas que morrem assassinadas pelos motivos mais banais e nem mesmo as vítimas dos acidentes provocados pela imprudência nas estradas.

Estamos falando de pessoas, gente, ser humano, criaturas de Deus, mas que significam muito pouco ou quase nada no mundo da globalização, da internet, da comunicação instantânea, do consumismo e da ganância.

Sabemos que nas cidades do interior ainda existe solidariedade, mas nos grandes centros urbanos uma pessoa caída na calçada não é muito diferente de um cachorro aos olhos de quem passa. É só mais um infeliz!

Então, é preciso mudar o olhar sobre o outro, porque o outro, seja daqui ou lá da África aos olhos de Deus é nosso irmão. E mudar significa pensar e agir.

Hoje, os grandes empresários estão preocupados com os lucros e com a produção. Os políticos batalham para se manterem no poder e aumentar suas fortunas com o dinheiro do contribuinte. Enquanto isso, as pessoas mais comuns têm o foco conduzido para os novos aparelhos de TV, computadores e celulares com internet.

Segundo estudo científico é uma onda da massificação (on-line) que deixa as pessoas mais distraídas, mais superficiais e com menor poder de concentração, percepção e decisão. Ter um computador com internet hoje é o máximo! Empolgado nesta onda o individuo não presta atenção que estamos em um país com vasto território, imensas florestas com rios e cachoeiras, mas famílias inteiras estão sendo massacradas por reivindicar o direito a um pedaço dessa terra. Temos plantações maravilhosas com recorde de produção de grãos todos os anos, e milhões de brasileiros passam fome.

Por quê?

A questão da manipulação e da massificação data da criação da sociedade, mas é nova a idéia de aproveitar todo o aparato tecnológico a favor do ser humano, a favor da criação de meios e caminhos que possam salvar vidas, de usar iPhone, iPad, smartphone, tablet, notebook, e-mails, chats, MSM, Twitter, Face book e etc para conscientizar os incluídos de que é preciso dividir, compartilhar, doar, ajudar e amar verdadeiramente aqueles que estão excluídos de tudo.

Trago comigo, há muito, a certeza sobre a existência de um mundo melhor, de paz e luz que Deus reserva para os que fazem por merecer. Um lugar que pode ser alcançado por todos, desde que atendam, nesta vida, os mandamentos que estão na Bíblia e dos quais todos já ouviram falar. No entanto, poucos os entendem e um número menor ainda cumpre.

É difícil não é? Você já ouviu falar de alguém que, tendo duas casas deu uma para quem não tinha nada? Você já ouviu falar de algum empresário bem sucedido que tenha ajudado seus funcionários a melhorarem suas vidas na mesma proporção sua?

Eu posso até prever o pensamento de alguns: imagina, deixar escapar o dinheiro do aluguel e o pior, reduzir a margem de lucro, limitar os prazeres que essa vida nos oferece para bancar o bom samaritano? Eu já sou contribuinte do Criança Esperança, da Apae, da igreja e dou esmolas na rua. É o suficiente para me garantir um cantinho no Céu!

Será?

Está no livro de Lucas capitulo 6, versículo 46: “Por que me chamais: Senhor, Senhor... e não fazeis o que digo?”.

Trago comigo, há muito, a certeza de que para se alcançar a graça de atenção no Céu (um link direto com santos e anjos) é preciso de fé verdadeira, de ação verdadeira em prol dos excluídos. E nesse ano temos a oportunidade de fazer a verdadeira conversão (tem gente que faz de mentirinha na Páscoa ou no Natal), abrir o coração e a mente para os desígnios de Deus.

E quem não tiver condições de ajudar o irmão que está do outro lado do mundo sem abrigo e sem alimento que dê as mãos para o irmão que passa necessidades na sua cidade.

“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6;36)

E que venha 21 de dezembro!